Dani Karavan
Israel, 1930-2021
Dani Karavan nasceu em 1930 em Tel Aviv, Israel, e entre 1943 e 1949 estudou pintura em Tel Aviv e Jerusalém. Entre 1956 e 1957 estudou a técnica do fresco na Academia de Belas Artes de Florença e desenho na Academia de la Grande Chaumière, em Paris. Em 1958 desenhou os pavilhões para a celebração do 10º aniversário da independência de Israel, e a partir de então o seu trabalho adquire uma vertente de compromisso social que o artista nunca mais abandona, estando muitos dos seus projetos também relacionados com o exílio e com a memória.
Nos anos 60 desenhou cenários para companhias de dança, teatro e ópera, ao mesmo tempo que começou a criar trabalhos de escultura pública em Israel, nomeadamente relevos murais. Em 1976 representou Israel na 37ª Bienal de Veneza, e desde então o seu trabalho ganhou uma projeção internacional, sendo convidado a realizar esculturas ao ar livre para diferentes países. Participou nas Documentas 6 e 7 (1977 e 1987) em Kassel, Alemanha. Os seus trabalhos caracterizam-se sobretudo por marcantes intervenções na paisagem, monumentais mas simultaneamente minimais, onde a localização (não só o espaço físico mas sobretudo a sua história) adquire extrema importância e é fator essencial na configuração final da obra.
Em 2008 recebeu o Prémio Magshim (“Implementer”) do Conselho para uma Israel Bonita, pela excelência em melhorar a qualidade de vida e do ambiente em Israel. Expondo individualmente desde 1971, destaca-se a retrospetiva mais recente Dani Karavan – Retrospective, no Nagazaki Prefectoral Museum, Nagazaki, em 2008-2009. Tem realizado sobretudo instalações e esculturas ao ar livre em diferentes locais, podendo destacar-se Passages – Homage to Walter Benjamim, 1990-94, em Portbou, Espanha e Way of Peace, 1996-2000, Nitzana, Israel, um projeto que se estende por 3km desde a antiga cidade de Nitzana através da fronteira entre Israel e o Egipto.
