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Pas de Trois, 2015
José Aurélio
Aço corten

A escultura proposta pelo escultor português, José Aurélio, sugere imediatamente uma composição-dança de três elementos vegetalistas. Concebida em aço corten (que oxidará com o tempo), “Pas de trois”, assim intitulada, encontra parentalidade nos recortes de Matisse (gouaches découpés), também eles tomando como referência: folhas, plantas ou pedaços de jardim. De grande delicadeza no desenho, a estrutura transpira uma natureza esvoaçante potenciada pela forma subtil como se sustenta (unicamente em três pontos) no terreno. A composição denuncia um abraço entre três elementos que embora de inspiração vegetalista, ganham vida própria aguçando a nossa imaginação a um mundo figurado.

A par da vertente lúdica, os frequentadores do Parque da Rabada poderão embarcar na “dança” sugerida pela composição, beneficiando da multiplicidade dos seus pontos de vista, aos quais se acrescenta a possibilidade do seu atravessamento.

O trabalho de José Aurélio tem sido, nos últimos anos, inspirado por temas muitas vezes retirados da Poesia e da Literatura, centrando-se sobretudo na escultura e na medalhística. Possui ainda um vasto conjunto de esculturas no espaço público em diferentes cidades de Portugal. Trabalhando com materiais como a madeira, a pedra, o bronze, o arame, o vidro ou o betão, e sobretudo com o ferro pintado e com o aço, o escultor cria estruturas baseadas numa estética minimalista, com formas e volumes normalmente geométricos e organizados espacialmente segundo uma rigorosa disciplina que tem sempre como objetivo a relação da escultura ora com o espaço onde se vai inserir, ora com o espectador que com ela é convidado a interagir.

 

Pas de Trois - José Aurélio - X Simpósio 2015

 

Pas de Trois - José Aurélio - X Simpósio 2015

 

Pas de Trois - José Aurélio - X Simpósio 2015

 

Pas de Trois - José Aurélio - X Simpósio 2015

 

Pas de Trois - José Aurélio - X Simpósio 2015

 

Pas de Trois - José Aurélio - X Simpósio 2015