No mesmo poema de Sophia de Mello Breyner onde lemos “Para ti eu criarei um dia puro | Livre como o vento e repetido | Como o florir das ondas ordenadas” encontramos o título para a exposição da sétima edição da residência artístico-pedagógica — Deslocações. Um poema que nos diz sobre a imperfeição e fragilidade do lugar onde amamos; sobre o medo de amar quando tudo quebra e emudece. No prelúdio de uma nova era onde à crise energética se somam as tensões geopolíticas, a erosão das democracias, a injustiça climática e os retrocessos nos direitos e liberdades individuais… tudo parece volátil, impermanente. E apesar disso, ainda se tenta amar, ainda se sonha inventar um lugar outro.

Nesta exposição os gestos artísticos de cada estudante juntam-se ao do convidado especial – escultor Carlos Barreira, para exprimirem essa inefável liberdade: tentar florir na repetição das ondas ordenadas.

EXPOSIÇÃO ATELIER II– ESCULTURA/ FBAUP

“-TÃO FRÁGIL COMO O MUNDO”

25 MAI 02 JUN (Inauguração – 15h00)