Fernando Casás

Fernando Casás nasceu em Gondomar, Espanha, em 1946, tendo-se mudado ainda em criança para o Brasil, onde começa a estudar, em 1969, na Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro. Regressa à Galiza em 1989, ano em que é galardoado com o Prémio Ibeu/Brasil – Estados Unidos com a “Amazonas, Série Negra”. Desde 1991 é professor de escultura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Vigo.

Desde os anos sessenta, desenvolveu uma obra muitas vezes efémera e sempre vinculada à memória, à energia e à passagem do tempo. De perfil conceptual, a sua obra apresenta-se como um constante diálogo com a Natureza, sendo considerado um dos precursores dos movimentos de Arte & Natureza. A sua obra é de difícil contextualização, já que abandonou há muitos anos o circuito de galerias comerciais e as regras tradicionais da arte, não se limitando pelos materiais, géneros, ou imposições do mundo contemporâneo. Mais ética do que estética, a sua obra resulta de três formas paralelas e recorrentes: o lado desmaterializado (sensações de um momento que não se repete); a obra efémera (pequenas incursões no meio ambiente); e obras formais (através de vários suportes plásticos que vão do uso de material de desgastado até às novas tecnologias).

A sua obra pública, com um diálogo entre obras formais, geralmente pedra ou fundição, e a natureza, sob forma de árvores vivas, pode ser vista em Espanha (Santiago de Compostela, Pontevedra, Bayona), em Israel (Jerusalém), em Portugal (Carrazeda de Ansiães e Santo Tirso), ou no Brasil (Rio de Janeiro – Parque da Catacumba). No Brasil expôs, entre outros, no MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo (1991), no MAM – Rio de Janeiro (1984) e na XXIª Bienal Internacional de São Paulo. Expôs em diversos locais, individual e coletivamente, em Espanha, Suíça, Holanda e Portugal. Em 2014, realizou uma exposição em conjunto com o escultor português Alberto Carneiro, a título de comemoração do 20º Aniversário de Proyeto Huesca: Arte y Naturaleza.