José Pedro Croft
Portugal, 1957
José Pedro Croft nasceu em 1957 no Porto, tendo frequentado, de 1976 a 1981, o curso de pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, cidade onde vive e trabalha. Formado em pintura, durante os anos 80 produziu sobretudo esculturas em pedra, influência do escultor João Cutileiro com quem trabalhou por essa altura, em peças que, apesar de não inteiramente figurativas, remetem para a tradição da escultura funerária. A partir de finais dos anos 80 começou a trabalhar com gesso e bronze, representando, por exemplo, utensílios básicos do quotidiano (são comuns os seus alguidares), associados a pequenos sólidos.
Durante os anos 90 abandonou definitivamente o trabalho da pedra e começou a incorporar nas suas obras objetos como mesas e cadeiras, e posteriormente usa também materiais como vidro transparente, espelho ou bronze. Com o uso de formas simples e com uma economia de meios, o seu trabalho desconstrói os objetos e questiona as relações espaciais através da contraposição de conceitos como interior e exterior ou peso e volume, convocando o espaço envolvente e a interpelação do espetador. Expondo individualmente pela primeira vez em 1983, desde então tem participado em várias exposições individuais e coletivas em Portugal e no estrangeiro. Representou Portugal na 46ª Bienal de Veneza, em 1995, e em 2002 apresentou uma retrospetiva do seu trabalho no Centro Cultural de Belém, Lisboa.
Tem também realizado obras de arte pública, tendo recebido em 2001 o Prémio Nacional de Arte Pública Tabaqueira. Para além da obra Escada, realizada para o 4º Simpósio Internacional de Escultura Contemporânea de Santo Tirso, em 1997, mais recentemente (em 2010) produziu uma escultura pública para o Jardim dos Coruchéus, Lisboa.