Paul van Hoeydonck

Bélgica, 1925

Paul Van Hoeydonck nasceu em Antuérpia, Bélgica, em 1925, e entre 1945 e 1951 estudou em história da arte e arqueologia na mesma cidade. Artista autodidata, a sua obra depressa evoluiu de uma prática de naturezas mortas para um abstracionismo geométrico onde, durante o início dos anos 50, a cor e o uso de colagens têm um papel predominante. A partir de 1955-56 produz colagens monocromáticas, normalmente relevos brancos e, nos finais dos anos 50 surgem os seus primeiros trabalhos com introdução de pequenas estruturas de acrílico.

Durante a década de 60 introduz diversos elementos readymade nas suas obras, e desenvolve também desenhos que incorporam fotografias. A interação da humanidade com o espaço, um particular interesse pela lua, bem como um fascínio pelo futuro e pela tecnologia, são preocupações centrais do seu trabalho e que se refletem tanto na temática das suas obras como nos diversos materiais que usa e nos objetos de que se apropria. É autor da primeira obra de arte na lua, Fallen Astronaut, oficialmente colocada pela tripulação do Apollo 15 em 1971.

Em 1958 foi cofundador do grupo G58, que mostrava o seu trabalho no edifício Hessenhuis, Antuérpia, espaço onde no ano seguinte coorganizou e participou na importante exposição “Vision in Motion – Motion in Vision”. Realizou em 1961 a sua primeira exposição individual mais significativa (tinha exposto pela primeira vez um conjunto de pinturas figurativas em 1952), tendo desde então participado em inúmeras exposições, individuais e coletivas, na Europa, Japão e Estados Unidos.

Destaca-se a retrospetiva “Paul Van Hoeydonck: The Abstract Works”, no FeliXart Museum, Bruxelas, em 2011. Em 1962 foi convidado de honra na 31ª Bienal de Veneza, e em 1964 participou na Documenta III, Kassel. Tem participado em vários simpósios de escultura ao ar livre, com obras públicas que refletem as mesmas preocupações da sua restante obra, como os robots monumentais que criou em 1990 para o Parque de Las Naciones, Madrid, ou Le non d’un fou se trouve partout, obra criada para o 4º Simpósio Internacional de Escultura Contemporânea de Santo Tirso, em 1997.

 

Le non d’un fou se trouve partout - Paul Van Hoeydonck - IV Simpósio 1997

 

Le non d’un fou se trouve partout - Paul Van Hoeydonck - IV Simpósio 1997

 

Le non d’un fou se trouve partout - Paul Van Hoeydonck - IV Simpósio 1997

 

Le non d’un fou se trouve partout - Paul Van Hoeydonck - IV Simpósio 1997

 

Le non d’un fou se trouve partout - Paul Van Hoeydonck - IV Simpósio 1997