Rui Chafes

Portugal, 1966

Rui Chafes nasceu em Lisboa, Portugal, em 1966. Entre 1984 e 1989 estudou escultura na Escola de Belas Artes de Lisboa e depois de concluir o curso viajou para a Alemanha, onde frequentou, de 1991 a 1992, a classe de Gerhard Merz na Kunstakademie Düsseldorf [Academia de Arte de Düsseldorf].

Essa escolha revela desde logo o interesse do artista pela cultura alemã, nomeadamente pela sua arte e literatura (traduziu os Fragmentos de Novalis para português), referências que cita com frequência. Após realizar algumas primeiras instalações efémeras com materiais frágeis como a madeira, canas ou plásticos, nomeadamente na sua primeira exposição individual, Pássaro Escondido, em 1986 na Galeria Leo em Lisboa, por volta de 1987 Rui Chafes começa a utilizar aquele que viria a ser o único material com que trabalha: o ferro pintado de negro. A ambiguidade entre a matéria e a forma, dada pelo trabalho do ferro em formas aparentemente leves e orgânicas é uma das principais características da sua obra, e aquela que mais a distingue. No entanto, Rui Chafes mantém ainda outras constantes, como a importância dos títulos que dá aos seus trabalhos – remetendo constantemente para um universo pessoal do artista – e a relevância dada ao lugar e contexto para onde cria as obras, bem como a relação delas com a natureza.

Estuda cuidadosamente a inserção da sua escultura no espaço, seja ele um espaço de galeria ou museu, ou uma paisagem, instalando muitas vezes obras em espaços exteriores, como é exemplo a escultura Sem o teu nome, criada para o 3º Simpósio Internacional de Escultura Contemporânea de Santo Tirso, em 1996. Em 1995 representou Portugal na Bienal de Veneza (com José Pedro Croft e Pedro Cabrita Reis) e em 2004 esteve presente na Bienal de São Paulo num projeto em colaboração com Vera Mantero, Comer o Coração. Das várias exposições que tem realizado, em Portugal e no estrangeiro, destacam-se, mais recentemente, “Durante o Fim”, Sintra Museu de Arte Moderna, Palácio Nacional da Pena, Sintra, 2000, e “O peso do Paraíso”, primeira retrospetiva do seu trabalho, apresentada no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, em 2014.

 

Sem o teu nome - Rui Chafes - III Simpósio 1996

 

Sem o teu nome - Rui Chafes - III Simpósio 1996

 

Sem o teu nome - Rui Chafes - III Simpósio 1996

 

Sem o teu nome - Rui Chafes - III Simpósio 1996

 

Sem o teu nome - Rui Chafes - III Simpósio 1996