Fernanda Fragateiro
Portugal, 1962
Fernanda Fragateiro nasceu no Montijo, Portugal, em 1962, e atualmente vive e trabalha em Lisboa. Entre 1978 e 1981 estudou na Escola de Artes Decorativas António Arroio, Lisboa, onde realizou a sua primeira exposição, “Panoramas” (com António Campos Rosado), em 1981. De 1981 a 1982 estudou na AR.CO – Centro de Arte e Comunicação, Lisboa, e de 1983 a 1987 fez o curso de escultura na Escola Superior de Belas Artes da mesma cidade.
Na década de 80 dá início a uma colaboração em diversos projetos editoriais na área da ilustração. Entre 1997 e 1999 lecionou ilustração na AR.CO, e entre 1999 e 2000 deu aulas na pós-graduação de Design Urbano no Centro Português de Design, ambas em Lisboa.
O seu trabalho caracteriza-se sobretudo por uma interdisciplinaridade, onde áreas como a escultura, a instalação, a cerâmica, a arquitetura, o design ou a ilustração se cruzam e relacionam reciprocamente, em obras que dialogam com o espaço onde se inserem e com o espetador que muitas vezes é convocado para uma ação performativa que completa a obra. Desenvolve projetos para espaços públicos e não convencionais de exposição, em trabalhos que por vezes são apenas subtis intervenções ou acrescentos no lugar ou paisagem, como é exemplo o Jardim das Ondas, obra que criou para a Expo’98, Parque das Nações, Lisboa, 1998.
Para além de Eu espero, obra criada para o 5º Simpósio Internacional de Escultura Contemporânea de Santo Tirso, em 1999, dos seus projetos públicos destacam-se, mais recentemente, Desenho suspenso, Parque Natural do Pisão, Cascais, 2011, ou Concrete Poem, Vila Nova da Barquinha, 2012. Expondo individualmente pela primeira vez em 1987, desde então tem participado em várias exposições individuais e coletivas em Portugal e no estrangeiro, destacando-se a retrospetiva “Quarto a céu aberto”, realizada em 2003 pela Culturgest, Lisboa, e mais recentemente a individual “Stones against diamonds”, na NC-Arte, Bogotá, Colômbia, em 2014. Entre outros prémios e distinções, destaca-se o Prémio Tabaqueira da Arte Pública, Açores, 2001.