RÚRÍ

And now what? apresenta um trabalho inédito intitulado Forest, criado a partir das cinzas e outros restos de árvores queimadas de diversas florestas em Santo Tirso (Monte Córdova, Santa Cristina do Couto e São Miguel do Couto), que foram destruídas nos incêndios de 2022 – um trabalho que, na sua instalação do corredor, bem como na documentação fotográfica que a acompanha, sublinha o impacto da crise climática e do aumento da temperatura nos ecossistemas locais.

Tanto o trabalho Future Cartography XIII como Water Balance IV, que foi criado em colaboração com o museu e a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto serão posteriormente adicionados ao acervo do museu, como doação da artista.

A exposição é acompanhada de um catálogo, com um artigo do curador da exposição Álvaro Moreira, acerca do novo trabalho, Forest, assim como um artigo biográfico da historiadora de arte Pari Stave, diretora do Centro de Arte Skaftfell, na Islândia. O livro de 128 páginas será publicado pelo Município de Santo Tirso, com apoio do Icelandic Art Center.

Rúrí nasceu em 1951, em Reiquiavique, onde atualmente vive e trabalha. Frequentou a Escola Islandesa de Artes e Ofícios, entre 1971-1974, tendo depois estudado teoria e prática de arte contemporânea. De 1976 a 1978, frequentou a De Vrije Academie Psychopolis, em Haia. Como estudante de arte na Islândia afirmou a sua reputação como artista ativista com duas performances inovadoras em Reiquiavique, em 1974: Golden Car, e How to Change the Icelandic Costume to Meet with Modern Icelandic Society. Foi, também, membro fundador de vários coletivos de artistas, incluindo a Galerie Lóa, em Haarlem (1976), e o Museu de Arte Viva (Nýlistasafnið), em Reiquiavique (1978).

A artista já apresentou inúmeras exposições individuais, incluindo a representação da Islândia na 50ª Bienal de Veneza, em 2003, com o trabalho Archive – Endangered Waters. O seu trabalho está presente em diversas coleções de museus, como o Museu de Arte de Reiquiavique, a Galeria Nacional da Islândia, o Museu de Arte Viva, o Museu Metropolitano de Arte, o Arquivo Lafuente e o Centro de Arte Hugo Voeten.